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Avaliação da Pobreza Multidimensional: Reflexões a partir das abordagens MPI e MPAT

  • Foto do escritor: Fundação RESET
    Fundação RESET
  • 14 de mar.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 21 de nov.


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Compreender a pobreza exige mais do que simples medidas baseadas no rendimento. O Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) e a Ferramenta de Avaliação Multidimensional da Pobreza (MPAT) oferecem uma visão mais abrangente ao avaliarem múltiplos aspectos de privação, como a educação, a saúde e as condições de vida. Estas ferramentas são essenciais para os decisores políticos, investigadores e organizações que trabalham para reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável. Este resumo integra pontos-chave dos dados estatísticos do IPM e da metodologia do MPAT, destacando a sua relevância na definição de intervenções específicas para o alívio da pobreza.


Principais Conclusões


1. Medição Abrangente da Pobreza pelo IPM - O Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) oferece uma análise aprofundada dos níveis de pobreza em diferentes países, incluindo Moçambique. Mede a pobreza através de três dimensões: saúde, educação e condições de vida, utilizando vários indicadores como a mortalidade infantil, os anos de escolaridade e o acesso a serviços básicos. De acordo com o relatório estatístico do IPM de 2023, 61,9% da população moçambicana é multidimensionalmente pobre, com privações particularmente severas nas condições de vida e na educação. Estes resultados reforçam a necessidade de políticas integradas que abordem simultaneamente múltiplos aspectos da pobreza.


2.Abordagem Participativa do MPAT para a Pobreza Rural - A Ferramenta de Avaliação Multidimensional da Pobreza (MPAT) complementa o IPM ao oferecer uma abordagem local e participativa na avaliação da pobreza. Desenvolvido através de colaboração internacional, o MPAT recolhe dados directamente das comunidades por meio de inquéritos que medem dez dimensões fundamentais do bem-estar rural, incluindo a segurança alimentar, os cuidados de saúde, o saneamento e o acesso financeiro. Esta metodologia de base comunitária garante que as intervenções estejam alinhadas com as realidades locais. Em Moçambique, o MPAT tem sido utilizado para avaliar a pobreza rural e orientar soluções conduzidas pelas próprias comunidades.


3. Abordagem Participativa do MPAT para a Pobreza Rural - A Ferramenta de Avaliação Multidimensional da Pobreza (MPAT) complementa o IPM ao oferecer uma abordagem local e participativa na avaliação da pobreza. Desenvolvido através de colaboração internacional, o MPAT recolhe dados directamente das comunidades por meio de inquéritos que medem dez dimensões fundamentais do bem-estar rural, incluindo a segurança alimentar, os cuidados de saúde, o saneamento e o acesso financeiro. Esta metodologia de base comunitária garante que as intervenções estejam alinhadas com as realidades locais. Em Moçambique, o MPAT tem sido utilizado para avaliar a pobreza rural e orientar soluções conduzidas pelas próprias comunidades.


4. O Papel dos Dados no Planeamento de Políticas e Desenvolvimento - A integração das constatações do IPM e do MPAT nas estratégias nacionais de redução da pobreza é essencial para monitorar o progresso e optimizar os recursos. Os países que adoptam estas medidas de pobreza multidimensional conseguem identificar melhor as áreas prioritárias, alocar fundos de forma eficiente e avaliar, ao longo do tempo, a eficácia dos programas sociais. Para Moçambique, alinhar as estratégias de redução da pobreza com os quadros do IPM e do MPAT pode fortalecer as iniciativas voltadas ao desenvolvimento sustentável e ao crescimento económico inclusivo.


As ferramentas de avaliação da pobreza multidimensional, como o IPM e o MPAT, oferecem uma perspectiva holística da pobreza, permitindo uma formulação de políticas mais eficaz e uma melhor alocação de recursos. Ao compreender a pobreza para além dos níveis de rendimento, os governos e as organizações podem implementar intervenções baseadas em evidências que abordem as causas profundas da privação. Em Moçambique, a alta prevalência da pobreza multidimensional evidencia a necessidade de uma abordagem coordenada de protecção social, desenvolvimento rural e inclusão económica. Estas ferramentas constituem quadros valiosos para orientar esforços sustentáveis de redução da pobreza.



Bibliografia:






A Fundação RESET está comprometida com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Ao utilizar as percepções fornecidas pela pobreza multidimensional, Moçambique e outros países em desenvolvimento podem trabalhar por um futuro mais equitativo e sustentável, garantindo que ninguém fique para trás na luta contra a pobreza. Os relatórios estão associados a vários ODS:


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Os ODS, também conhecidos como Objectivos Globais, foram adoptados pelas Nações Unidas em 2015 como um apelo universal à acção para acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir que, até 2030, todas as pessoas desfrutem de paz e prosperidade.

 
 
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